quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
O que me falta?
Desejo? Não pode ser.
Porque basta que teu olhar me toque
Para meu corpo por inteiro estremecer.
O que me falta para ser somente tua?
Se a noite ao fechar a cortina
Já não mais me condeno por pensar assim
Só quero você me fazendo mulher, não mais só menina.
O que me falta para ser somente tua?
Vergonha também não é.
Já me despi por muitas vezes na sua frente
Todas as palavras que tua boca disse
Uma a uma fui ficando nua.
O que me falta para ser somente tua?
Até pacto com o sol e a lua já fiz
O Sol agora se deita mais cedo
Para que redonda e branca, chegue logo a Lua.
E ao cair a noite,
Você se deite comigo e me faça feliz.
O que me falta para ser somente tua?
Já sou sua princesa, boneca, bandida.
Faça de mim o que quiser.
Já sou sua escrava, aluna, aprendiz.
Não me falta mais nada.
Já sou sua mulher.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
A arte que te deixa nu
No elenco do romance de minha vida
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
O que Chaplin diria?
Onde, nos primórdios da humanidade, houve o primeiro erro, sem dúvida, fatal,
que desencadeou toda a bagunça que vivenciamos nos últimos tempos?
Fala-se por aí, em liberdade de expressão, porém,
basta que o indivíduo exprima seus desejos e tome atitudes diferentes das que a "sociedade" designou como padrão,
para que seja alvo de chacotas, fofocas e piadas.
Vide pessoas homoafetivas ou até mesmo que tenham um gosto musical diferenciado, por exemplo.
Por mais que o mundo se diga extremamente moderno, não vejo nada mais antiquado do que o preconceito. A população se prendeu num buraco de areia movediça, e está, para sempre, presa à hipocrisia que ela mesmo criou.
Você não tem liberdade de experimentar novos amores, sensações e sabores.
Muito se diz sobre como o mundo é bom por não sermos todos iguais, mas a mídia, quase que por mágica, te torna acéfalo, te cega e acaba por por te igualar à aqueles mais alienados.
Parafraseando o brilhante mestre do cinema mudo, eu defendo um mundo que seria mesmo uma peça de teatro e a vida de cada um seria seu palco, no qual, ao dormir e acordar, poderíamos brincar de sermos personagens dos mais variados. E como no teatro tudo é possível, não haveria ninguém capaz de julgar o desempenho e talento do outro. Seríamos mesmo mais livres, seríamos quem quiséssemos ser, no tempo em que desejássemos. Não haveria público, todos somente atores. E a morte, claro, não iria ser a mesma do mundo real. Não passaria de um recesso, no qual, teríamos um merecido descanso e após, as cortinas se abriram novamente eretornaríamos aos palcos, com toda força, energia e vigor que uma estréia necessita.
Mas como a vida não é mesmo um teatro, estamos amarrados aos conceitos sociais, e a cada minuto nos é imposto uma regra nova, a qual temos que concordar sem pestanejar.
Então só me resta o espaço do travesseiro para fechar os olhos e tentar acreditar que um dia, tudo ainda pode mudar.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Deve ser o tal do..
É, eu acho que isso é o que chamam de amor verdadeiro.
Boa noite,
Luiza.
sábado, 10 de dezembro de 2011
Única certeza?
Too fat to have a boyfriend
Gostar de alguém é quase uma regressão mental. Você fica bobo, sorrindo a toa. Acha graça de tudo, risada de criança, desenhos nas nuvens. Acha que tudo são flores, que vida é bela, tudo é cor de rosa. Os signos e astrologia parecem ter algum sentido. Um casal apaixonado guarda segredos, brincadeiras e momentos as sete chaves, como se aquilo fosse a coisa mais valiosa do mundo. A vida parece ser perfeita. E então algo estranho parece acontecer.
Como mágica, aquilo que tinha sabor de alegria, faz seus olhos se encherem de lágrimas quentes e o coração enfraquece. Sente falta de coisas que não viveu, sente saudade do carinho e do calor. Mas aí vem o tempo, e como as ondas, leva embora destruindo pro mar da vida tudo aquilo que amor construiu. O a felicidade foi embora. Talvez a dor do fim demore a passar, mas sem sombra de dúvidas, passa. E aí, abrimos e fechamos os olhos tão rapidamente tantas vezes que nem nos damos conta que já encontramos um outro alguém. E a vida é assim mesmo, somos seres humanos e hipocrisia, ou não, somos completamente substituíveis. E de novo o ciclo recomeça. E continua, até o fim dos dias.
Pesadelo.
Choro
Roteiro
Cu Pido
O Pierrot apaixonado chora pelo amor da Colombina
o amargo encanto da paixão lhe tornou cego
diante da magia de tão delicada menina
porém a flecha do estúpido cupido
atingiu a moça por engano e se fez assim
o pierrot apaixonado por ela,
e ela, por Arlequim.
De existir.
So fucking broken.
Chama que se queima demais, apaga rápido.
O nosso caso que ardia, que pegava fogo. Era quente e alucinado, não tinha hora nem lugar. Você só precisava estar ao meu lado. Inconsequentes, na troca de olhares já nos entregávamos. Você sabia o que eu queria, eu te entendia.
Você era meu cigarro com gosto de amor, que eu fumava até o fim. Só queria sentir todo seu sabor em mim. Você acendia em mim o desejo e eu te esperava. Me incendiava. Queria tudo, amava cada abraço e beijo. Mas com o tempo, o vento veio.E as chamas da paixão ele apagou. Nosso amor que era tudo, em segundos, virou nada.
E em cinzas você deixou meu coração.
Vivendo por aí
A primeira fase é a observadora. Você, por tempos, olha, pensa, repensa, assiste. Incomensurável o tamanho da vontade. Come com os olhos, sonha. Agonia é o sentimento de que observa. A pressão que vem de dentro aflora os nervos e os anseios, desejos e devaneios voam alto com tamanha rapidez que nem o mais rápido dos pensamentos consegue acompanhar. E é aí que você se deixa levar, se entrega. Experimenta, prova, tenta. Ganha no hábito, habilidades e se acha o dono da verdade. E a verdade é que você não é ninguém melhor por isso. Mas a mente se engana, te leva na lábia e você flui. Quanto mais o tempo passa, a experiência surge. E quando para e repara, do primeiro já se foram cinco. Depois, de cinco já são dez. E de dez pra cima, quem já foi, foi você.
Um aviso, de quem viveu na pele.
Um beijo pra quem entendeu, e quem não, a maturidade ainda vai chegar e aí, quem sabe, você entenderá. Abraços a todos.