segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Alma

As vezes sinto como se não fosse daqui. Como se tudo ao meu redor, aquilo que chamo de meu, de verdade, não me pertence. As vezes sinto como se fosse somente uma caixa de ossos, que perambula pela vida, a procura de algo que não sei bem o que é. Uns dizem ser felicidade, outros amor, mas o que é o amor se não a felicidade em si? As vozes que ouço me confirmam aos poucos
que a saudade que assola meu peito vem de algo que em verdade não vivi. Minha alma vaga solitária e pensativa, nas ações do tempo, que mostram fielmente o que as máscaras da vida tentam esconder. Mas um dia, acredito, tudo fará sentido. Descobrirei de onde pertenco, para que vim e para onde vou. Darei enfim, meu último suspiro e saberei se valeu a pena, ter tudo aquilo vivido.

domingo, 14 de novembro de 2010

Cegueira

O que você não enxerga é tudo que não quer ver. Você respira poder, transpira riqueza. Vive em busca do luxo, à procura da vida na realeza. O que nos torma diferentes é que eu sou simples gente.
Gosto da naturezaa, da vida na floresta, você só quer dinheiro, mulheres e festa. Mas lembre-se de não se esquecer, quando se tem tudo, se tem tudo a perder.

Luiza Maria

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cacos

O cenario, um lugar estranho.
Sem cores, jardins nem encanto
Me distraio e esbarro
Na ponta afiada
Do meu coração partido
Que é triste e dolorido, feito flor despetalada

Ainda ouço ao fundo
Bem ao pé do ouvido
O choro amargo e quente
Daquele pobre coração descrente

Os cacos quebrados jogados ao chão
Se fazem como um novo caminho
Para aquele pedaço de coração
Sozinho

E la se vai ele
Em busca de outro sentido
Sabe já das tristezas e os perigos da vida
Mas segue sem medo
Meu tímido corajoso
Coração Partido

Luiza Maria