quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

19 Verões

Há pouco eu ouvi alguém dizer que a gente amadurece com pequenos acontecimentos. Não ouso dizer que tenho maturidade o suficiente para me julgar madura, mas tenho plena certeza de que o que eu ouvi tem lá seu sentido. Bem, vou explicar. Do auge dos meus futuros dezenove verões, posso olhar pra trás e dizer que  tudo que eu fiz, de algum jeito, me fez feliz. Claro que nem sempre na hora em que eu achei que deveria fazer, mas de certa forma, não tenho rancor do passado. Pelo contrário! A vida é mesmo sem vergonha! A gente passa o tempo inteiro buscando formas de amadurecer, mas é realmente na simplicidade de cada momento, que isso acontece. São olhares, pensamentos, atitudes, bobeiras que fazem a gente refletir e concluir: amadurecer é muito mais do que ter idade, do que ter passado por qualquer coisa.
No meu caso, eu digo abertamente que foi o amor (ele mesmo!) que me fez chegar a esta conclusão.
Quando a gente é imaturo, acha que amar é dar beijinho, abracinhos pra cá e pra lá. Mas é quando o amor atinge o campo da maturidade que a gente descobre o que é amar de verdade. Acordar de madrugada só pra ver se está respirando, abraçar de corpo e alma todas as loucuras propostas, estar junto (mesmo longe) pra qualquer coisa. O amor me faz querer ser melhor e pra mim, maturidade é isso, é querer tentar sempre algo novo para melhorar o velho. Ter coragem pra tentar de novo, admitir as falhas, levantar a cabeça e começar mais uma vez. O amor abriu em mim uma janela para um mundo até então desconhecido. O mundo de gente grande, de gente que não tem tempo pra perder tempo, que é cheio de responsabilidade e medo. Mas não me deixou pular sozinha, me deu a mão e disse: ei, estamos juntos nessa. E é assim que vai ser até que a vida determine.