domingo, 30 de dezembro de 2012

Revirado

Abri os olhos, respirei.
Hoje tudo tá estranho, muito.
Tudo revirado, desvirado tudo.
Fora do lugar e tudo bagunçado.
Nada está onde deve ou deveria estar.
Sem som, sem cor.
Sem tom, sem bom.
Sem flor.
Só chão
 e parede, livros, palavras, abajur.
Quando tudo mudou?
A chuva aqui dentro não me deixou ver o vento
Rajada de confusos sentimentos
Foi rápido ou lento?
Sou eu que estou correndo
Ou tudo que correu de mim?
Eu não me lembro onde deixei meu coração.
E pela última vez que o vi,
Era você quem segurava em suas mãos.
O que você fez com ele?
Toda a chuva, o vento.
Ah, tudo bem.
Eu entendi.


Um comentário:

  1. Eu nunca sei o que comentar dos seus textos! haha Vai ver é porque não consigo expressar qualquer sentimento ao ler essa confusão toda que você faz! Mas é uma confusão boa, organizada, que refrigera e que se encaixa na minha própria vida. Você é a minha Clarice Lispector particular! E eu tenho muito orgulho de ter uma amiga assim :) Parabéns, Lu! Ainda vou me emocionar muito por aqui, com certeza! :)

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