quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Um romance para dois

Eu sei que a nossa história já está no meio e que o prólogo não foi como a gente sonhou.  Nossos parágrafos já começam no particípio e são tantas as virgulas, com pausas tão bem marcadas, que fico na ânsia para por um ponto final. Mas meu coração, o autor analfabeto deste romance, não me permite, de fato, fazer isso.  Cada vez que damos fim a uma linha, logo outra nova recomeça e eu já não sei se isso é bom ou ruim. Já fomos incoerentes com a proposta do tema por tantas vezes que eu não me lembro mais da nossa introdução. Você não entende minhas metáforas; quer sempre por os pingos nos is. Somos dois personagens perambulando em desenvolvimento, em busca de alguma conclusão. Nos afastamos e nos perdemos entre tantos narradores que insistem em nos criar conflitos. Nossa trama já tem drama demais e tudo que eu busco é um final feliz. Disserto errado sobre o amor e você me afronta com seus argumentos sem moral. Mas quando o próprio ambiente cria um clima, você cai sobre os meus braços e perdemos de vez a noção sobre o tempo e o espaço. Sem adeus, sem final, sem epílogo. No máximo, um até logo.


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