sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Forca

4092010

Feche os olhos. Pense num buraco negro. Cave-o, mentalmente, o mais fundo que conseguir. Vá até o final e veja o que encontra. Não há nada que você possa ver. É o fim. Veja como é escuro e assustador. Olhe para os lados e sinta como é apertado, como lhe falta o ar e a sensação de solidão é imensa.

É assim o fim de sua vida. Não falo do fim como a morte em si, mas sim de quando você desistiu de tudo. Falo em memória daquele momento em que você achou que jogar tudo para o alto fosse a coisa certa a fazer.

Você pode até estar vivo ainda, mesmo que seja só fisicamente, porque a esse ponto, seu estado de espírito está por um fio. Você estava sentindo como se a corda em volta de seu pescoço fosse apertando mais e mais a cada movimento de inspirar e respirar. Entregou os pontos com consciência, sabendo de tudo que ainda estava por vir. Você não estava enganado. Você sabia, você sempre soube.

Ao invés de deixar de se enforcar com a corda e usá-la para laçar aquilo que queria de verdade, sentiu pena de si mesmo, deixou se levar pelo medo de tentar e pela tentação do fracasso, que é sempre mais forte que o estímulo da superação. Achou mais fácil desistir do que seguir em frente, mesmo que a derrota fosse inevitável. E seu pior fracasso não foi o fato de não ter obtido êxito naquilo que desejava e sim ter sido fraco e não ter lutado por seus objetivos.

Mas mesmo assim, não se sinta o pior dos seres da terra. Ainda há, e sempre haverá a chance de sair do fundo e renascer das cinzas da derrota. Nunca ouviu falar da luz no fim do túnel? Não deixe escapar sua saída. Vá em frente e siga o que realmente vale a pena e não tenha medo. E lembre-se, você nunca estará sozinho.

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